segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Crítica ao darwinismo



Outro dia eu estava conversando com o Hudson, um amigo que faz medicina, e ele estava me mostrando imagens e fazendo comentários sobre a estrutura de cada órgão do corpo humano. Mais do que nunca, eu cheguei à conclusão de que é impossível que o nosso corpo tenha surgido de mutações ocorridas ao acaso. Essa ideia, aliás, sempre me incomodou. Como seria possível probabilisticamente falando que mutações aleatórias gerassem sistemas tão sofisticados e bem resolvidos quanto os corpos de cada animal, cada qual com suas especificidades?

Entretanto, se formos pensar em cada um desses corpos em comparação uns com os outros, veremos que as diferenças são muitas, mas nem tantas assim. Todos os seres mais evoluídos tem ossos, tecido muscular, olhos, boca, etc. Por isso, eu entendo e concordo com Darwin no que diz respeito à adaptação: sobrevive quem tem a forma que se adapta mais ao ambiente, como no exemplo da girafa de pescoço comprido. Mas eu não consigo imaginar que essa receita mais ou menos comum entre os seres mais evoluídos seja aleatória. Para mim, desde que havia apenas bactérias no mundo, o caminho a ser traçado já estava mais ou menos definido. A girafa poderia ter se tornado mais ou menos pescoçuda dependendo do ambiente, mas o essencial dela (que é em grande parte o mesmo nosso) já estava guardado em algum lugar dentro daquelas bactérias.

Para fazer uma comparação, eu me lembrei dos digimon. Um digimon não digenvolve para qualquer outro. Há uma sequência a ser seguida. Às vezes, essa linha sequencial permite bifurcações (que seriam as diferentes adaptações), mas toda a família formada pela linha sequencial de evolução daquele digimon partilha características comuns, para as quais ele se dirige desde o primeiro estágio. 


Na minha opinião, nós também seríamos assim. Um dia, nossos tataravós foram bactérias, que lentamente mutaram para peixes, depois para répteis, depois para mamíferos. Nesse processo, houve inúmeras e sucessivas bifurcações, gerando a cada etapa novos tipos de peixes, de répteis, de mamíferos. Dessa forma, se os caninos tivessem se adaptado melhor que os primatas, poderia haver hoje um monte de lobos-maus andando por aí. E o processo não deve estar acabado: podemos ainda virar super-homens ou sabe-se lá o quê. De qualquer forma, uma receita básica, um caminho mais ou menos definido de evolução, em uma direção, já estava traçado desde o começo.

Mas quem foi que programou esse caminho? Deus? Nesse ponto talvez pudéssemos fazer uma união entre darwinismo e criacionismo, antigos rivais. Mas eu penso que talvez aquilo que valorizamos tanto e achamos tão incrível, seja apenas uma estrutura simples do universo: a vida. Talvez, perto da grandeza do universo, que conhecemos tão pouco e provavelmente sempre será assim, seres vivos sejam estruturas tão simples e básicas quanto são para nós os átomos. Talvez essa receita de evolução que seguimos seja uma das regras mais básicas do universo.

Depois de escrever este texto, acabei achando a ideia de Design Inteligente, que tem muito a ver com o que eu coloco aqui!

Veja também uma intromissão pseudocientífica minha na física!

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